quarta-feira, 19 de junho de 2013

Fernando Aguiar, o Robocop

O futebol não vive só das maiores vedetas, dos tecnicistas, dos passadores exímios e dos goleadores, o futebol vive daqueles que dão tudo em campo e tentam compensar a falta de talento com entrega ao jogo.
Se é verdade que uma equipa de voluntariosos não será capaz de ganhar muita coisas, em todas as equipas grandes faz falta este tipo de jogador, o homem que não se intimida, que usa o físico, que fala alto com os colegas dentro de campo. Lembro-me sempre de Gravesen, é talvez o jogador com estas características que alcançou maior sucesso. Teve o seu auge quando foi contratado pelo Real Madrid, era o homem que punha ordem nos galácticos, Beckham, Figo, Zidane, não gostavam da forma algo rude como Gravesen os interpelava mas o que é certo é que o papel do internacional dinamarquês era fundamental.

O Benfica também teve um Gravesen, de nome Fernando Aguiar. Salvo as devidas diferenças (Aguiar tinha infinitamente menos talento que Gravesen) o Robocop era o homem que, ao lado de Petit, comandava o meio campo encarnado.

Toda uma classe :D

O que me lembro melhor são os jogos contra o Porto, Maniche, Deco e até o bicho Jorge Costa tentaram intimidar Fernando Aguiar que reagia como se nada tivesse acontecido. Lembro-me particularmente da final da Taça em 2004 onde o Maniche entra de sola à zona dos rins e Fernando Aguiar levanta-se sacudindo aquela zona, como se tivesse apenas pó. Que Rei!

Fica ainda na memória por ter sido o marcador do golo da vitória mais triste da história do Benfica, aos 90 minutos em Guimarães faz o 0-1, a passe de Fehér, que passado 2 minutos caíra inanimado no relvado.


Aqui fica um vídeo para recordar o eterno Robocop.


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